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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Terça-feira Gorda: Esporte amador, sem amadorismo

Texto transcrito do blog DiárioNFL, escrito por DANILO MULLER e recomendado por Marcos Antonio Coelho, etrata brilhantemente a situação do nosso esporte no Brasil. Vale a leitura!




Terça-feira Gorda: Esporte amador, sem amadorismo

Se alguns times do futebol penta campeão do mundo ainda tem dificuldades em arrecadar dinheiro, times de 1ª e 2ª divisões andam fazendo de suas camisas, macacões de fórmula 1, antes só visto em times de várzea, o que acontece com os demais esportes no país do futebol ?

Na sua grande maioria os esportes olímpicos só ganham exposição de 4 em 4 anos, seus atletas implorando por um patrocínio que acabam vindo geralmente de empresas do governo na última hora. Tirando vôlei, basquete, ginástica olímpica e talvez natação, as demais dependem basicamente do esforço do atleta que além de praticar o esporte, tem que trabalhar como qualquer cidadão.

Pense você que existe ainda uma outra categoria de esportes amadores, que além de não receberem para jogar, não possuem ajuda das leis que beneficiam apenas os esportes olímpicos e sobrevivem com a paixão dos praticantes e a competência daqueles que se propoêm a organizar o esporte.

Assim vive o futebol americano no Brasil, quem em muitos lugares ainda é apenas uma diversão de final de semana entre amigos na praia ou no parque, mas que no sábado passado teve no Rio de Janeiro o início do segundo ano da Liga Brasileira de Futebol Americano (LBFA) com 14 times, de 12 cidades e 7 estados mais o Distrito Federal. Cada time tendo entre 50 e 70 atletas. Mostrando que o campeonato de amador, só o fato dos jogadores não receberam para jogar, porque para organizar um torneio com 48 jogos envolvendo times do Sul, Sudeste e Centro-Oeste é preciso ter uma gestão profissional.

Esporte amador ? Pense de novo.

De acordo com o presidente da LBFA Orlando Jr, os 14 times da Liga já investiram até hoje cerca de $ 1.000.000,00 de reais entre aquisição de uniformes, equipamentos de proteção, equipamentos de treino, sites, gastos em torneios anteriores e devem invesir cerca de $800.000,00 apenas no ano de 2010 com organização de partidas, viagens, arbitragem, divulgação, filmagem, etc.

Orlando ainda diz que a LBFA usa planejamento estratégico e gestão por projetos, "delegamos, acompanhamos e cobramos, enfim, usamos ferramentas que a Administração oferece para que possamos realizar a melhor competição que esse país já viu". Termina dizendo que "as equipes encaram a realização das partidas como um espetáculo voltado para o torcedor". Esse será sempre um diferencial do futebol americano.

Esporte amador ? Pense duas vezes.

No ano passado foram 8 os participantes do Torneio Touchdown como ficou conhecido o torneio inicial e experimental da LBFA em 2009. Vimos duas das maiores rivalidades do esporte crescer ainda mais, o duelo dos times paranaenses Curitiba Brown Spiders e Barigui Crocodiles que dividiram a série e o clássico do centro oeste Cuiabá Arsenal e Tubarões do Cerrado (Brasília) com o Arsenal dominando o confronto. Tivemos também o surgimento de uma nova rivalidade entre Rio de Janeiro Imperadores e São Paulo Storm que se degladiaram por 3 vezes até a final do campeonato quando os Imperadores saíram com o título.

Em 2009, as emissoras ESPN e Bandsports mostraram quase semanalmente matérias sobre os jogos do campeonato que também apareceram em programas da Record, Gazeta, Band e até no Globo Esporte e Esporte Espetacular. A tendência é aumentar a exposição em 2010.

Com a aprovação da entrada de mais 6 times na Liga e a entrada de parceiros com grandes nomes como o Fluminense Football Club que se associou aos Imperadores cariocas e o Corinthians que possui uma parceira com o Steamrollers de São Paulo, mostra que o interesse pelo esporte está cada vez maior.

Se a parceria com times de futebol é o futuro do esporte, eu não tenho certeza pelo histórico deles com o esporte amador, mas que é uma prova que o esporte está ficando importante, está em evidência, isso sem dúvidas. Nesse momento de crescimento, qualquer apoio é bem vindo.

Ainda existe muito espaço à crescer, com a entrada de novas empresas parceiras que acreditam no futebol americano e novas cidades dispostas a ajudarem o esporte. No Nordeste os times estão se equipando e só não tivemos um time do Norte esse ano pela dificuldade e valor das viagens para Manaus.

Logicamente dificuldades irão aparecer, sonhar em ter uma liga como a NFL, a liga mais lucrativa do mundo, seria utópico, mas é preciso começar de alguma maneira e o futebol americano no Brasil está começando da maneira certa.

Boa sorte Barigui Crocodiles (PR), Brusque Admirals (SC), Corinthians Steamrollers (SP), Cuiabá Arsenal (MT), Curitiba Brown Spiders (PR), Fluminense Imperadores (RJ), Foz do Iguaçu Black Sharks (PR), Joinville Gladiators (SC), Minas Locomotiva (MG), Porto Alegre Pumpkins (RS) São Paulo Storm (SP), Sorocaba Vipers (SP), Timbó Rhinos (SC)e Tubarões do Cerrado (DF).

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